terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Lleno de Magia

Hiato

Ouvir música tem se tornado um suplício para mim. Cheguei a um ponto onde não estou com paciência para nada! A idade tem se feito cada vez mais presente nas minhas incursões musicais. Enquanto ao fazer música, aí é que a coisa fica mais crítica. Com esse negócio de fazer mestrado, ser crítico ao extremo e ter embasamento teórico pra tudo, o fazer, o labor, tornou-se algo extenuante. Estou tentando não perder o prazer de fazer. Não perdi, mas estou tendo mais e mais trabalho.

Trabalho é bom, não reclamo. Na verdade, eu gosto. É que atingi um ponto que não atingia fazia tempo, um rito de passagem. A melhor fase, na minha opinião, na qual se pode produzir com mais sentimento. É mais um daqueles ciclos que passamos e voltamos a um lugar comum, mas com um olhar bem mais experiente. Lidar com essa dinâmica de sentir e experimentar é que tem sido a minha batalha. A produção diminui, no entanto, ela se aprimora, se refina e dá tons de maturidade.

Vejo as coisas contra a luz, percebo mais os contornos. Tomei as rédeas da vida, porque percebi que ela não é uma preparação para nada. Os ritos não me levaram a lugar algum, e quando saí, muitas vezes, comi terra para me sentir em casa, por que o rito tira a certeza, para devolvê-la mais forte e com vida própria. Não há lugar como o lar, e não há abraço melhor que um por anos esperado. Efemeridade é a regra desse rito. Simples de coração, porque de outra forma não podia ser.

Sugestão de Disco: A Contraluz, da Banda uruguaia LA VELA PUERCA. Um disco lírico e musical, de rock com umas incursões latinas, de metais bem arranjados e bem encaixados. Um dos melhores discos deles e que eu recomendo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"a borboleta bate as asas e o vento vira violência"

Estou com mania de guitarra. Vez ou outra eu entro numas ondas dessas. Agora o negócio é ouvir guitarras. Antes fosse um Jimi Hendrix, não, não é isso. Qualquer coisa com peso eu já estou me engraçando e jogando no mp4 player. Indico aos senhores 2 cds. O primeiro é nacional: Engenheiros do Hawaii, Surfando Karmas e DNA e o outro é americano: Foo Fighters, The Color and the Shape. Discos que se não fosse pela capacidade poética de seus compositores não figurariam neste blog. Eles vão me acompanhar nesse carnaval pra limpar meus ouvidos da tranqueiras que agente ouve pelas ruas no carnaval maricaense. Agora, se me permitem vou atrapalhar o sono dos vizinhos com a minha guitarra mal tocada, que eventualmente é melhor que uma bem tocada, dadas as proporções, queridos.