O que você não encontra no gibi,no jornal, nos outros blogs, na tua revista de bairro, no teu disco favorito, no mural de poemas da Letras, e nas bulas de remédio da sua avó.
Entre dragões e moinhos de vento, entre alephs e máquinas do mundo, o que as ‘litteras’ me deixaram? A gente costuma dizer que somos o que pensamos ou o que comemos. Eu prefiro acreditar que você é o que lê. No meu caso, em menos de 24h, neste sábado, durante as aulas percebi no que havia me transformado. A faculdade de letras tirou totalmente a minha inocência como leitor e como telespectador do mundo. Regurgito o que me é apresentado com uma frieza glacial e me sinto muito bem assim.
Seguindo a mesma linha do post anterior e inovando a minha tentativa de dar uma cara mais específica a este blog, percebi que tenho que aprimorar a minha frieza e não tolerar tanto a incompetência alheia. A ignorância sim, mas incompetência, nunca. Das minhas limitações cuido eu. Cada dia que passa, percebo que do subúrbio carioca, do cerne dos bairros, ela tem emanado como um vírus.
(“Fudeu! O Gabriel virou neonazista, vai sair matando os alunos burros!!!”
-Não, nada disso, caro leitor!)
Por quê continuar estudando, se ninguém estuda, dando aula, se ninguém quer nada? Por que lá no fundo alguém quer, e se importa. Alguém lê os meus textos, acadêmicos ou não. Ainda param pra me escutar, mesmo que não acrescentem. Ainda bem que tem o ainda! Não sei se é amor, eu acho que não. Apenas respeito a decisão que tomei há um tempo atrás, a de produzir e ajudar quem quer, seja lá o que for, e seja lá o que isso signifique. Percebi que o saldo das 'litteras' foi mais positivo que negativo.
Sugestão de disco: JESUS CHRIST SUPER STAR, um disco de tirar o fôlego. Rockão como deveria ser um bom disco de rock. Escutem sem precisar se converter.
Quase letrado, uéfiérrejoteiro, gaiteiro, professor (lo siento), subtitulador, escrevedor de blogs e textos em geral, latino, flamenguista e cantautor que não faz a menor idéia do que quer ser quando crescer...