terça-feira, 18 de novembro de 2008

Prática de ensino

Então vamos falar de Educação

Pediram-me para que eu escrevesse um texto sobre o que eu considero que seja um bom professor. Isso me fez questionar, não se eu sou um bom professor, mas que raio sou eu(¿?). Já entro em salas de aula com a função de professor há uns 5 anos (é isso mesmo, pasmem) mas nunca parei para pensar na minha importância, ou se eu tinha alguma, anyway. Bom, nunca me vi como tal, nem gosto que me chamem “pofessooor” (é, mania de velho), ainda mais porque alguns alunos têm a minha idade. Eu sempre escrevi, achei que naturalmente faria isso para o resto do que me resta. Tem sido bem assim, mas não só, tive que dar lugar a outra atividade. O magistério é sim encantador, libertador mas como qualquer outro trabalho deve ser levado a sério. E escrever virou um passatempo sério, assim como a música.

Para a música não há mais salvação, tão pouco para os esportes, sobrou agarrar-me aos livros, lecionar e escrever. A escritura não é lá algo muito valorizado nesse país, bom, pelo menos a séria, o magistério, pelo menos, ainda é visto como uma profissão. Digo ainda porque da maneira como o professor é tratado nesse país, não sei sobrarão muitos professores para futuro. Não faço uma faculdade de licenciaturas, o curso de letras da UFRJ para quem não sabe é de bacharelado, a licenciatura é um adendo que a maioria faz embora não seja obrigatório. Ser Bacharel em Letras é outra coisa muito apreciada nesse país. rs. Agora estou fazendo as disciplinas do curso de licenciatura oferecidas pela Faculdade de Educação da UFRJ. Somente agora começo a pensar seriamente em ser professor.

É claro que como tudo na minha vida essa não será uma profissão a qual me dedicarei exclusivamente, pois farei assim que possível o reingresso para Comunicação Social na Escola de Comunicação da mesma universidade. Ler, escrever e ‘ensinar’ parecem minha sina, se bem que ensinar é deveria ser a de todos nós, mas descobri que ser professor não é para qualquer um, embora muitas escolas mal intencionadas pensem dessa forma. Cinco anos em sala de aula, quatro na Faculdade de letras, sei lá quantos de leituras mil, não sei bem o que me espera, mas sei que não será fácil, nem sempre será divertido, mas eu vou tocando o barco. Como Jornalista, músico, escritor ou professor eu sei que serei antes disso tudo um defensor da boa Educação.


Pra quem não sabe sou aluno do Curso de Bacharel em letras: habilitação Português- Espanhol da Universidade Federal do Rio de Janeiro, estou no oitavo período e começo a prática de ensino no ano seguinte. Trabalho em cinco cursos diferentes e leciono Português, literatura, espanhol e inglês, ainda tenho tempo para desenvolver alguns projetos paralelos relacionados à música e a poesia. Já fui ‘amigo da escola’ e já estudei Latim.

3 comentários:

Tute Braga disse...

Ser professor é o céu e o inferno na terra tudo junto e ao mesmo tempo...
Ninguém disse que ia ser fácil, mas niguém disse também que ia ser tão trabalhoso assim...
É dom, né? Vai saber...
Espero que isso passe logo, porque a Licenciatura não ensina niguém a dar aula! Muito pelo contrário: é chato, toma seu tempo e, chega uma hora, que você quer mandar todo mundo praquele lugar! Lá mesmo! haha
Beeeeijos

Click disse...

Existe na biblioteca esse livro?

LeiToNciO disse...

Lecionar realmente não é pra qualquer um.
Por causa de determinados professores e disciplinas, já pensei em chutar o balde, mas vi que não vale a pena. E, como bom brasileiro, não desisto tão fácil e vou à luta.
Como diz na canção de Nando Reis "Se eles querem meu sangue, terão o meu sangue só no fim. E se eles querem meu corpo, só se eu estiver morto. Só assim".

Acredito numa melhora, nem que seja razoável, no ensino público de nosso país.

É isso.