O Poema que segue faz parte da coleção: “20 poemas de amor para ler no metrô”. Eu já postei alguns aqui e agora posto o último que fiz, escrito na sala de estudos da Letras. Acho que é um bom texto para fechar o ano.
Soneto nº 4
Eu não sei até que ponto
A solidão se contrapõe à multidão
Ou até que horas o metrô
Carrega sonhos longínquos
Aos poucos noto que a
Percepção humana é inesgotável
Para o amor e para a dor
Mas não para o óbvio
Está muito claro agora
Que eu não estou aqui
Que lá fora é sempre melhor
É mais certo não rimar
Ficar horas num lugar
Apenas é sempre melhor.
Rio de Janeiro, 07/12/09.
Sugestão de leitura: Cem anos de solidão do GGM. Um livro que, se você for desatento, te distrai, só. García Márquez faz muito mais que propor a fantasia, ele propõe, num resumo muito chulo da minha parte, uma alegoria da América Latina. Um livro obrigatório.