Cavaleiros
Arrisco dizer que tenho sangue no lugar
do suor que percorre a minha testa cansada
e desfigurada pela ação do tempo.
Transpasso os dias e as noites ouvindo
o pingar do que resta na frente
e desfilo por aí no meu cavalo branco
crente que abafo.
Restos, pedaços, troços
compõem uma natureza rústica que as ondas
misturam de novo de novo de novo
pedaçinhos de nada
O sono acabou. Já era hora.
seis meses de nada, um dia e não faz diferença
se paro se fico
ninguém repara. Pára!
Escorre tudo o que não tiver forma
sangue
suor
restos
pedacinhos.
Rio de Janeiro, 14 de Julho de 2009.
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