sábado, 19 de setembro de 2009

Enquanto eu não posto nada novo

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

3 comentários:

Gabriel Poeys disse...

Faltaram os créditos, mas será que precisa?

Tute Braga disse...

Não, não precisa!
Adoro esse poema!!!
=)

Tem post fresquinho lá!
Beijossss

Contos reais de amor na juventude! disse...

poxa..=]] adorei esse poema!!

eu blog tá muito show mesmo...

amei..

bjokas

amanda*