quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Cada um tem a sua Rebeca, a bela

O Poema que segue faz parte da coleção: “20 poemas de amor para ler no metrô”. Eu já postei alguns aqui e agora posto o último que fiz, escrito na sala de estudos da Letras. Acho que é um bom texto para fechar o ano.

Soneto nº 4

Eu não sei até que ponto
A solidão se contrapõe à multidão
Ou até que horas o metrô
Carrega sonhos longínquos

Aos poucos noto que a
Percepção humana é inesgotável
Para o amor e para a dor
Mas não para o óbvio

Está muito claro agora
Que eu não estou aqui
Que lá fora é sempre melhor

É mais certo não rimar
Ficar horas num lugar
Apenas é sempre melhor.

Rio de Janeiro, 07/12/09.

Sugestão de leitura: Cem anos de solidão do GGM. Um livro que, se você for desatento, te distrai, só. García Márquez faz muito mais que propor a fantasia, ele propõe, num resumo muito chulo da minha parte, uma alegoria da América Latina. Um livro obrigatório.

2 comentários:

Wanessa disse...

Quando li de primeira achei que o chulo era pro Gabo Marquez e quase nadei até realengo pra afogar o Gabo Poeys...ledo e feliz engano da leitura dinâmica...

Wanessa disse...

E a poesia merecia um post só dela...linda! em e remete a alguns parágrafos do livro do Bauman sobre Id e a algumas estrofes da minha vida....